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Perspectivas da nova segurança

O artigo aborda a "Nova Segurança", que questiona práticas tradicionais e busca um novo entendimento sobre como a segurança no trabalho é gerada. Tradicionalmente, a segurança era vista como ausência de incidentes, sendo mantida por regras rígidas, tecnologia e pela redução de "erros humanos". Os autores, no entanto, destacam que essa abordagem limita a segurança, pois foca em controlar comportamentos, ignorando a complexidade dos sistemas e o papel adaptativo dos trabalhadores.


Cook e Woods introduzem nove passos para uma análise mais profunda dos acidentes, enfatizando a importância de buscar uma “segunda história” para além do erro humano, compreendendo as vulnerabilidades sistêmicas e o trabalho real dos operadores. Besnard e Hollnagel também discutem mitos da segurança tradicional, como a crença de que seguir estritamente os procedimentos garante a segurança e que barreiras adicionais sempre tornam o sistema mais seguro. Eles demonstram que essas práticas muitas vezes aumentam a complexidade e o risco, pois a segurança depende mais de uma adaptação contínua do que de regras fixas.


O artigo também explora a "Safety-II" de Hollnagel e a "Safety Differently" de Dekker, onde a segurança é vista como resultado das práticas adaptativas dos trabalhadores frente às variabilidades dos sistemas. Esses autores defendem que, ao invés de controlar os operadores, as empresas devem apoiar as equipes, reconhecendo seu papel na resolução de problemas e na adaptação necessária para manter a operação confiável. Assim, sugere-se um envolvimento direto dos operadores no desenvolvimento das regras e na definição dos indicadores de segurança, possibilitando uma gestão mais participativa e prática.


Por fim, a Nova Segurança propõe uma revisão das relações sociais nas empresas, onde a experiência dos trabalhadores é valorizada, a cultura punitiva é superada e os protocolos são flexíveis e menos burocráticos. Isso cria uma cultura de confiança e cooperação, em que a segurança não é apenas um requisito, mas um elemento integrado à própria prática operacional. Essa abordagem tem sido testada em várias empresas com sucesso, mostrando que a segurança pode ser robusta e resiliente quando construída com a participação ativa e o conhecimento prático das equipes.



Escrito por: Rafael Cardoso


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center jobcc
center jobcc
28 de out. de 2024
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Na experiências que tive, o aumento da consciência e participação de todos na busca constante em melhorar a segurança faz total diferença na promoção de um ambiente mais seguro.

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